terça-feira, 1 de setembro de 2009

O "peso" da modernização

É incrível como as mudanças se dão numa velocidade tão grande que nem sempre conseguimos acompanhar. E o que torna preocupante esse processo é que se não nos dermos conta dessa modernização tão acelerada, estaremos à mercê de situações com as quais não saberemos lidar.
Educar, nesses tempos está cada vez mais difícil, pois as crianças e jovens “conhecem” seus direitos e os reclamam, porém desconhecem ou fingem não saber, que temos também deveres. Alcançar que as pessoas se conscientizem de suas obrigações enquanto cidadãos é uma árdua batalha. Na escola, infelizmente, não se tem obtido muito êxito neste sentido.
Acredito que dos avanços ocorrentes em todos os setores, podemos citar o tecnológico, que exerce uma grande influência na deseducação de nossos jovens, uma vez que devido ao acesso a qualquer tipo de informação sem criticidade, muitas vezes por falta de formação mesmo, há uma inculcação desordenada de valores.
O que se tem chamado de “inversão de valores” também é proveniente da competição desigual entre os principais formadores(a família, a igreja e a escola) e as mídias. Como os pais podem assegurar que seus filhos ouçam, assistam ou acessem apenas o que lhes é conveniente? De que forma a escola pode garantir que absorvam os valores repassados no ambiente escolar, competindo desigualmente com a televisão, a Internet e outras formas de comunicação, as quais os alunos consideram muito mais interessantes?
Uma coisa é certa, se não cuidarmos, se não observarmos o que nossos filhos/alunos estão recebendo e absorvendo, perderemos o “domínio” da situação por completo.
A escola, como formadora de opiniões, deve agir no sentido de formar usuários responsáveis da comunicação. Uma vez orientados acerca do uso criterioso das mídias, as crianças e jovens terão condições de censurar o que lhes é adequado.